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JOSÉ LOUREÇO SCHLEDER

"Por substituição legal, estava ocupando o cargo de Delegado do Tesouro, quando os revolucionários se apoderaram do Paraná”. (baseado em POMBO, José F. R. Para a História: notas sobre a invasão federalista no Estado do Paraná. Curitiba-PR: Fundação Cultural da Prefeitura Municipal, 1980. p.68)

"Detinha o cargo de agente fiscal do Estado e optou por continuar nessa incumbência, mas a serviço dos revolucionários." (baseado em ROCHA, S. S. Lama Vermelha: Revolução Federalista (1893 /1894). 1ª ed. Curitiba: Scortecci, 2015. p.233)

 

 

“Nasceu  em Curitiba a 10 de agosto de 1862, era servidor público [...] ocorrendo à vacância do cargo de Delegado, foi designado pelo Governo Vicente Machado, a exercê-lo interinamente.[...] Em consequência dos acontecimentos revolucionários, os chefes e empregados das repartições abandonaram seus postos. Schleder, não tendo a quem passar as chaves da repartição, dirigiu-se ao general Pego Junior, então em Morretes, dando-lhe conta das ocorrências:

“Estado do Paraná. Delegacia Fiscal em Curitiba. Curitiba, 16 de janeiro de 1894 (Urgente). Senhor general Pego. Morretes – À vista dos acontecimentos por que está passando o Estado, resolvi fechar a repartição sem prejudicar o serviço público. Servindo de Delegado, José Schleder."

O general Pego respondeu na mesma data:

“Telegrama. Estação de Morretes, 16 de janeiro de 1894. Senhor José Schleder, Delegado Fiscal de Curitiba. Ciente vosso telegrama; não há motivo algum para não terdes vossa repartição aberta. Saúdo-vos. Pego Júnior.”

Schleder telegrafou de novo ao mesmo general:

“Senhor general Pego. Morretes. – Em consideração ao vosso telegrama de ontem, resolvi reabrir a repartição e aguardo vossas ordens. Delegacia Fiscal, 17 de janeiro de 1894. José Schleder.”

Com a entrada dos revolucionários na cidade e sendo o dr. Menezes Dória aclamado como governador do Estado, Schleder foi ao seu encontro, argumentar que a Delegacia era uma repartição federal não podendo responder a ordens estaduais, mas o mesmo lhe respondeu que o governo era revolucionário, devendo ele responder a qualquer ordem dada por eles." (baseado em VARGAS, Túlio. A última viagem do Barão do Serro Azul. 2.ed. Curitiba: O formigueiro, 1973. p.115-117)

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